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Pular Corda/Jumpin

Posted in Educação with tags , , , , , , , , , , on julho 4, 2010 by projetomuquecababys

By Marcelo Jabu

Introdução
A intenção principal desta seqüência didática é promover a vivência das brincadeiras de pular corda e, por meio delas, abordar conteúdos relacionados ao Ritmo e a Expressão Corporal.

Essa seqüência de atividades se justifica também como uma interessante e divertida forma de cultivo e valorização da cultura lúdica tradicional de nosso país.

Também se mostra importante como forma de promover situações de ensino e aprendizagem ricas no sentido da construção de habilidades corporais básicas, no desenvolvimento de dinâmicas de produção em pequenos grupos e ainda como possibilidade de introduzir e desenvolver a idéia de diversificação e transformação de estruturas lúdicas convencionais.

Objetivos
Ao final da seqüência de atividades as crianças deverão ser capazes de

  • reconhecer a existência de elementos rítmicos e expressivos nas brincadeiras vivenciadas
  • reconhecer a possibilidade de variações e adaptações nas regras originais de uma brincadeira
  • realizar os movimentos básicos de saltar com um e dois pés, agachar, girar e equilibrar-se e suas relações com o ritmo em que esses movimentos são executados (vide game no link da Dysney).
  • projetar e construir seqüências de movimentos levando em conta os seus limites corporais e os dos colegas.

Conteúdos específicos

  • Brincadeira de pular corda.
  • Brincadeiras realizadas em pequenos grupos, sem finalidade competitiva e sem a divisão em equipes, quando a relação entre os desempenhos individuais compõe e viabiliza a vivência grupal.
  • Habilidades motoras de saltar com um e dois pés, agachar, girar, e equilibrar-se.
  • Capacidades físicas de velocidade e força.
  • Ritmo e expressividade.

Ano
4º e 5º anos

Tempo Estimado
4 aulas de 40 minutos, subdivididos em 10 minutos para a roda de conversa inicial 25 minutos para a vivência das brincadeiras e 5 minutos para roda de conversa final.

Material Necessário

  • Espaço físico plano e desimpedindo (sala de aula, quadra, pátio, rua, ou similar)
  • Cordas individuais (1,5 metro)
  • Cordas coletivas (6 metros)
  • CD Player

Desenvolvimento das atividades
Em todas as aulas, inicie a atividade fazendo uma explicação das regras e da distribuição dos grupos pelo espaço físico, desenhando na lousa o posicionamento de cada um e os limites a serem utilizados durante as brincadeiras.
Esse desenho deve ser um diagrama simples, com as referências do espaço e a representação da posição que cada grupo de crianças vai ocupar durante a atividade.
Em todas as aulas realize uma roda de conversa no final para avaliar junto com as crianças os avanços conquistados e as dificuldades que foram enfrentadas durante a vivência das brincadeiras.
A seqüência didática está organizada em duas aulas com propostas de brincadeiras feitas por você e uma aula em que as crianças serão desafiadas a conceber brincadeiras.

Primeira aula – Pular corda, brincadeiras tradicionais

“Um homem bateu à sua porta…”
“Com que você pretende se casar…”
“Rei, capitão, soldado, ladrão…”
“Salada, saladinha…”

Existe uma enorme diversidade de brincadeiras de pular corda em nosso país. Essas sequências variam de região para região em relação aos gestos que compõem as seqüências e às músicas cantadas durante a realização.

No entanto, o princípio geral é basicamente o mesmo, ou seja, seqüências de movimentos realizados em torno de uma corda em movimento (principalmente saltos e giros), acompanhados de uma música cantada por todos.

Faça um levantamento com os alunos de todas as seqüências de pular corda que eles conhecem e confeccione uma lista com o nome das seqüências e a descrição dos movimentos de cada uma delas. Os alunos devem participar da confecção deste registro.

Ajude-os a se organizar em pequenos grupos de 5 elementos e distribua uma seqüência de pular corda para cada grupo realizar. Percorra os grupos durante a atividade, observando se o ritmo de movimentação da corda é condizente com a capacidade de saltar dos participantes e oriente as crianças fazendo ajustes quando for necessário.

Segunda aula – Ritmo individual e em grupo

Distribua as cordas individuais e proponha para os alunos os seguintes desafios:

  • Cada aluno deve saltar a corda individualmente, num ritmo lento, e contar qual o número de repetições de saltos que consegue realizar em seqüência, sem errar.
  • Cada aluno deve fazer a mesma contagem, agora com a corda sendo batida num ritmo rápido.

É importante ressaltar que a definição de ritmo lento e rápido é realizada por critérios individuais de cada aluno. Os resultados obtidos são anotados numa planilha, e podem ser utilizados posteriormente para avaliar a evolução da condição individual.

Em seguida, utilizando os mesmos sub-grupos da aula anterior, proponha que a corda seja batida por dois elementos e saltada pelos três outros componentes. Os dois extremos de ritmo (lento e rápido) devem ser estabelecidos pelo grupo, de forma a favorecer a eficiência da quantidade de saltos a ser conseguida por todos. Os batedores devem fazer um rodízio de função com os demais elementos do grupo, de forma que possam experimentar também o papel de saltadores.

Ao final, convide os alunos a refletir e a relatar suas experiências e ajustes necessários na vivência dos diversos ritmos propostos e comente o quanto existe de diversidade individual na determinação dos mesmos.

Terceira e quarta aulas – Corda musicada

Proponha aos alunos que, nos mesmos sub-grupos das aulas anteriores, inventem uma seqüência de saltos com a corda coletiva em movimento, utilizando uma trilha sonora escolhida por eles. A escolha do ritmo da música a ser utilizada e a seqüência de saltos propostas serão o desafio de criação e execução de cada um dos grupos. Como é provável que você tenha apenas um CD player, o tempo da aula deve ser distribuído de forma que todos os grupos tenham a oportunidade de conceber e ensaiar a execução de sua seqüência. Ao final das duas aulas, as apresentações podem ser exibidas para o grupo todo. Enquanto um dos sub-grupos trabalha com o CD player, os outros podem usar o tempo para criar e ensaiar a sua seqüência, apenas cantando a música escolhida.

Avaliação

  • Volte seu olhar para os aspectos relacionados com a inclusão de todos os jogadores na vivência das atividades e com a experimentação de todas as funções existentes dentro dos jogos propostos.
  • Como essas brincadeiras são atividades de performance individual dentro de uma dinâmica coletiva, faça suas observações quanto ao desempenho e o ajuste rítmico dos jogadores individualmente ou dentro dos sub-grupos, não sendo necessário que a dinâmica do grupo todo seja interrompida para que alguma orientação seja feita.
  • As observações devem ser focadas em torno das variações de ritmo e as relações deste elemento com as capacidades físicas individuais e destas, em contexto coletivo de brincadeira.

http://revistaescola.abril.com.br/educacao-fisica/pratica-pedagogica/pular-corda-424351.shtml

Jump In
Recheado de energia, de uma novíssima trilha sonora e do divertido “double dutch”, um dos filmes de maior sucesso do Disney Channel, Jump In! está agora pela primeira vez disponível em DVD, com extras inéditos e empolgantes que vão fazer você entrar no ritmo. Izzy Daniels (o Corbin Bleu de High School Musical) é um adolescente do Brooklyn que está se preparando para se tornar campeão de boxe, para realizar um sonho do seu pai. Além disso, envolvido com os movimentos bacanas do “Double Dutch”, ele concorda em ajudar sua vizinha Mary (Keke Palmer), que precisa de um quarto integrante no seu time de “pula cordas”. O esporte exige mais talento e trabalho em equipe do que Izzy imaginava, mas durante caminho, ele percebe que o mais importante é seguir o coração.

Título no Brasil:  Jump In!
Título Original:  Jump In!
Direção:  Paul Hoen
Atores: Corbin Bleu … Izzy Daniels, Keke Palmer … Mary, Shanica Knowles … Shauna Keaton, Laivan Greene … Keisha Ray, Kylee Russell … Karin Daniels
País de Origem:  EUA
Gênero:  Comédia
Classificação etária: Livre
Tempo de Duração: 85 minutos
Ano de Lançamento:  2007
http://atv.disney.go.com/disneychannel/originalmovies/jumpin/  (trilha  sonora, game e fotos)

Trilha Sonora/Jump In
http://www.stlyrics.com/lyrics/jumpin/itsmyturnnow.htm
http://www.blastro.com/player/jumpinmusicvideo.html
http://www.stlyrics.com/lyrics/jumpin/vertical.htm

Entre os Muros da Escola

Posted in Cinema with tags , , , , , , , , on junho 4, 2009 by projetomuquecababys
By Renato Silveira
Uma das inúmeras fórmulas narrativas que o cinema, não só o americano, recicla de tempos em tempos, talvez desde “Ao Mestre, Com Carinho” (clássico com Sidney Poitier, de 1967), é a do “filme de professor”. Você sabe: um professor se vê diante de uma turma de alunos desordeiros e acredita que conseguirá “domá-los”, mesmo que seus colegas de docência tentem desanimá-lo. Entre esses alunos estão arquétipos facilmente identificáveis: o menino que tem problemas com os pais, aquele outro que é mais tímido, uma garota que é a porta-voz da turma, o bagunceiro de plantão, e por aí vai.

Pode-se dizer que “Entre os Muros da Escola” (que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2008) também é um “filme de professor”. Porém, o cineasta francês Laurent Cantet, aqui em seu quarto longa, faz uma abordagem totalmente diferente daquela estrutura comumente usada. Seu filme é mais focado na geografia de uma sala de aula, isto é, nas múltiplas relações entre aquele ambiente e as pessoas que ali convivem, e, claro, também nas relações entre aqueles personagens: alunos e professor, alunos e alunos, professor e professores, professor e pais e, por fim, alunos e pais.

É um escopo muito mais abrangente e complexo, que coloca o espectador como observador invisível e onipresente da rotina “entre os muros” durante um ano letivo (a única tomada fora da escola é a primeira, que mostra o professor François Marin chegando para o primeiro dia de aula). A lente de Cantet se comporta como olhar documental, algumas vezes vindo de uma carteira na fileira anterior àquela onde acontece uma discussão entre alunos, outras partindo do corredor dois andares acima do pátio onde os garotos jogam bola no recreio. A direção é bastante crua, realista, não recorre nem mesmo a uma trilha sonora. O máximo de intervenção a que Cantet chega é numa cena em que um aluno lê um texto diante da classe e o faz olhando para a câmera.

Em pouco mais de duas horas que passam voando, “Entre os Muros da Escola” é envolvente não só por seu realismo gritante (todos no elenco são professores, alunos e pais também na vida real, embora não estejam interpretando a si mesmos – passaram por um workshop a la Fátima Toledo), mas também pela forma como as subtramas se delineiam. Se num típico “filme de professor” você tem as histórias de cada um daqueles arquétipos claramente demarcadas, aqui o roteiro co-escrito por Cantet e François Bégaudeau (autor do livro que inspira o filme e também intérprete do professor protagonista) trabalha um grau de nuança que não força ou dita a “boa moral”. Não são oferecidas redenções ou conclusões, não há a “lição aprendida”. Se alguns dos enredos ali emaranhados chegam a seus finais (como o caso do intransigente Souleymane), fica a sensação de que aquelas são situações naturalmente resolvidas, e não tramas hermeticamente fechadas, de início-meio-fim.

É por essa razão que o personagem do professor François fascina, simplesmente por ser um ser humano: ele é o “herói” que tenta salvar aquela turma do caos, mas não é isento de falhas e também se converte em “vilão” ao quebrar a linha de conduta com os alunos em pelo menos dois momentos. Contudo, seu método de aprendizagem não deixa de ser admirável: estimular o conhecimento do aluno, e não apenas passar a lição de casa, dar ou tirar pontos e esperar o sinal tocar. E o que revela a fragilidade por trás da postura agressiva de alguns daqueles jovens (claramente um mecanismo de defesa) são os momentos em que François tenta valorizar um trabalho bem feito, mas os próprios alunos parecem não ter auto-estima para se valorizarem.

O que importa para François e para o filme é como as vidas daqueles adolescentes convergem para a sala de aula, como suas experiências implicam em seu aprendizado. É o que o professor busca trabalhar com a tarefa do autoretrato – por sinal, algo que o próprio Cantet acaba fazendo em relação ao ambiente estudantil na França e que, sem dúvidas, encontra ecos do outro lado do Atlântico.

Ficha Técnica

Entre os Muros da Escola (Entre les Murs, 2008, França)
Direção: Laurent Cantet;
Roteiro: Laurent Cantet, Robin Campillo, François Bégaudeau (baseado no livro de François Bégaudeau);
Fotografia: Pierre Milon, Catherine Pujol, Georgi Lazarevski;
Montagem: Robin Campillo, Stéphanie Léger;
Produção: Caroline Benjo, Carole Scotta, Barbara Letellier, Simon Arnal;
Atores: François Bégaudeau, Nassim Amrabt, Laura Baquela, Cherif Bounaïdja, Juliette Demaille, Wei Huang, Franck Keïta, Justine Wu, Rachel Régulier, Esméralda Ouertani, Boubacar Touré;
Estúdio: Haut et Court, France 2 Cinéma, Canal +;
Distribuição: Imovision. 128 min

http://www.cinematorio.com.br/2009/03/entre-os-muros-da-escola.html